sábado, 22 de novembro de 2008

Renascimento da Igreja Iraniana

Nos últimos 10 anos um termo tem se tornado muito conhecido no Irã, o qual pode ser literalmente traduzido como “cristão persa” ou como eles conceitualmente o traduziriam “cristão-muçulmano” (farsimasihi). Durante séculos, entendia-se que se você fosse um cristão, você seria armênio. Se alguém o visse usando uma cruz, lhe perguntaria, “Você é cristão?” ou “Você tornou-se armênio?” Mas, hoje a pergunta mudou. Esta nova identidade é altamente significativa, testificando da presença de um movimento verdadeiramente autóctone (do povo local) e auto-propagador. Há muito tempo crê-se que um grande avanço entre os persas poderia ter um impacto significante sobre os povos vizinhos da Ásia Central e do Oriente Médio. Isto certamente ficou provado no caso do próprio Irã. Missionários persas agora estão sendo enviados aos grupos minoritários próximos, tais como os Azeris, Luris e Curdos, com recursos vindos diretamente dos crentes persas.
Embora tudo isso seja motivo de alegria, é importante lembrar que a igreja Persa já estava lá antes. Na verdade, foi um missionário trans-cultural da Pérsia, Gregório, o Iluminador, que foi o instrumento para Armênia tornar-se uma das primeiras nações cristãs. Gregório foi o fruto de um avivamento espiritual entre os povos persas que acorreu no final do século III. Até este tempo, a maioria dos crentes no Império Persa era de descendência judaica ou assíria. Mas, na época que a Armênia abraçou o cristianismo um poderoso mover do Espírito Santo também pôde ser visto entre os persas nativos. Infelizmente, este grande avanço não durou muito.
No ano 312 d.C. o general romano Constantino acreditou que ele deveria conquistar em nome da cruz. A sua conversão ao Cristianismo e a sua subseqüente ascensão ao poder como imperador da Roma unida, trouxe repentinamente uma dimensão política à nova fé. Deste ponto em diante, cristãos no Império Persa eram vistos como “quintas-colunas” e iniciou-se uma nova onda de perseguição organizada pelo governo. Por volta do final do quarto século centenas de milhares haviam sido martirizados. Finalmente com o advento do Islamismo no século VII a igreja fugitiva da Pérsia gradualmente declinou e desapareceu.
Interessantemente, as únicas igrejas que sobreviveram à ocupação Islâmica na Ásia e no norte da África foram aquelas que tinham as Escrituras em sua própria língua. As igrejas Síria, Copta e Armênia são alguns exemplos disso. Entretanto, entre os persas, bérberes e árabes não havia Bíblias disponíveis em suas línguas-mãe. Este erro só seria corrigido nos tempos modernos e, provavelmente não seja apenas coincidência, que com a presença da Bíblia nestas regiões, a igreja voltou a crescer novamente.
Entre os persas, o renascimento da igreja tem sido verdadeiramente dramático, e eventualmente pode mudar o curso da história do Irã. Embora que no momento este novo movimento esteja entrando num novo período de provações, desta vez eles tem uma forte rede internacional de crentes, igrejas e ministérios prontos para ajudá-los. Agora eles têm as Escrituras em farsi, músicas de adoração contextualizadas, programas de treinamento de líderes, e programas de televisão via satélite. E, acima de tudo, eles têm a promessa de Jesus, que disse, “Eu edificarei a minha igreja...”. Sem nenhuma dúvida, o mover do Espírito Santo no Irã é uma evidência desta realidade última e permanente.
A foto acima ilustra a ajuda que uma missão provê a pessoas que abraçam a fé em Cristo e por isso precisam aprender um ofício para geração de renda, devido à perseguição.
Fonte: Revista Mission Frontiers, Set-out,2008.
www.missionfrontiers.org

Um comentário:

Jonathan W disse...

Demorou mas atualizou hehe. Dá-lhe reavivamento no Irã. :D