quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

NOSSO MINISTÉRIO EM MOÇAMBIQUE

        QUEM SOMOS
“E como crerão naquele de quem nada ouviram?
E como ouvirão se não há quem pregue?
E como pregarão se não forem enviados?”
 (Rm 10:14-15).
"O qual [Cristo] nós anunciamos, advertindo a todo homem e ensinando a todo homem em toda sabedoria, a fim de que apresentemos todo homem perfeito em Cristo; para isso é que eu também me afadigo, esforçando-me o mais possível, segundo a sua eficácia que opera eficientemente em mim"   (Cl 1.28-29).


 













Roberto Renato Welzel é brasileiro, natural de Toledo - PR e casado com Deila Nascimento Welzel. Membro da Igreja Evangélica Livre de Toledo, e missionário AMEL – Associação Missionária Evangélica Livre e   MIAF - Missão para o Interior da África.
Pastor, formado pelo Seminário Bíblico Palavra da Vida (1986), com mestrado  em Missões e Evangelismo pelo Trinity Evangelical Divinity School(2002). Serviu como pastor por 27 anos e também como presidente da AMEL por 5 anos.
Teve um encontro transformador com Cristo aos 16 anos e, desde então, sua maior alegria tem sido servir ao Senhor ao ponto de entender que este era o modo pelo qual o Senhor o estava chamando ao ministério de tempo integral.
Foi ordenado ao ministério em Dezembro de 1986, e pastoreou a Igreja Evangélica Livre de Palotina-PR por sete anos e a Igreja Evangélica Livre de Toledo-PR por 20 anos. Ao longo dos anos a vocação missionária foi sendo desenvolvida em seu coração, e assim começou seu envolvimento através da participação e organização de conferências missionárias, viagens de curto prazo (Ilha das Peças-PR, Sertão Nordestino, Haiti, Moçambique, Egito) e presidência da AMEL.
Deus na sua graça concedeu três filhos ao casal Roberto e Deila: Jonathan (26), Roberto Filho (25) e Hadassa (23), os quais ficarão no Brasil, e estão apoiando alegremente os pais neste projeto.

Deila Nascimento Welzel, natural de Jataí  – GO, é casada com Roberto R. Welzel e membro da Igreja Evangélica Livre de Toledo desde 1993. É missionária pela AMEL - Associação Missionária Evangélica Livre e MIAF - Missão para o interior da África. Nasceu em lar evangélico e converteu-se a Cristo na infância. Na sua adolescência Deus já tinha colocado no seu coração o desejo de servi-lo de tempo integral,  o que a levou ao seminário.
Antes, porém, cursou o Magistério e logo em seguida foi para o Seminário Bíblico Palavra da Vida Seminário, onde cursou Educação Cristã (licenciatura - 1982) e também conheceu o seu marido.  Concluído o treinamento teológico, trabalhou como educadora cristã por três anos nas Igrejas Presbiterianas de Quirinópolis-GO e Jataí-GO, antes de casar-se. Também fez o curso de liderança da APEC, visando capacitar-se melhor para o ministério infantil, treinamento de professores de EBD, e adolescentes.
Desde 1986 tem servido ao Senhor com seu marido, envolvendo-se em diferentes ministérios como: treinamento de professores de EBD, ensino, discipulado, ministério feminino, entre outros. Ambos desejam servir o Senhor na África, através do Projeto Moçambique.
“...antes como está escrito: Hão de vê-Lo aqueles que não tiveram notícias dEle e compreendê-Lo os que nada tinham ouvido Seu respeito...” ( Rm 15.21).


PARA ONDE IREMOS: Beira, Moçambique (n. 2 no mapa) 




Moçambique é um país da costa oriental da África, limitado a norte pela Zâmbia, Malaui e Tanzânia, a leste pelo Canal de Moçambique e pelo Oceano Índico, a sul e oeste pela África do Sul, Suazilândia e Zimbábue.
Com 3.000 quilômetros quadrados, abriga em seu território, uma população de pouco mais de 20 milhões de pessoas que estão divididas em 40 grupos étnicos. Dentre esses grupos existem outros subgrupos que se diferenciam por seus dialetos e culturas. 
A língua oficial é o português de Portugal, além de muitas outras faladas por diferentes grupos étnicos. A população é essencialmente religiosa, assim distribuída, de acordo com o Instituto de Estatística (censo de 2007):
 · 28% - Católicos
 . 27% - Protestantes (pentecostais, não pentecostais e seitas)
                               .   18% - Muçulmanos (imigrantes do sul da Ásia)
                               .   27% - Não professam nenhuma religião

Porém, os líderes religiosos especulam que uma proporção significativa dos que não professam nenhuma crença, na verdade pratica alguma forma de religião tradicional africana (uma categoria que não incluída no censo de 2007), o que inclui culto aos mortos, procura de curandeiros, fora e dentro das igrejas. Portanto, o sincretismo é um grande desafio para o Evangelho. Onde vemos 27% de protestantes, devemos considerar que Testemunhas de Jeová, Mórmons, Igreja de Sião e outras seitas estão incluídas.
Outro grande desafio para o evangelho em Moçambique é o paternalismo. “Historicamente o país foi colonizado por Portugal e essa relação de dependência é antiga. Quando houve guerra para libertar de Portugal e a independência em 1975, seguiu-se uma guerra civil até 1992. A guerra alimentou o paternalismo, pois faltava tudo e evangelho era sinônimo de um trabalho social forte. Alguns pastores naquela época enriqueceram desviando doações de roupas e comida para as igrejas. Houve muita corrupção. Infelizmente não se muda essa visão da noite para o dia. Portanto, os dois grandes desafios para o evangelho em Moçambique são o paternalismo e o sincretismo.  A forma de combater o sincretismo é o ensino” (Maura Juçá Manoel, mestre em educação, e professora em Moçambique por 20 anos).


ONDE SERVIREMOS: Instituto Bíblico de Sofala (IBS)
“A forma de combater o sincretismo é o ensino”.



Em 2013, o IBS completa 25 anos de ministério na cidade de Beira. Foi fundado pela MIAF, visando à formação de uma liderança fundamentada na Palavra, capaz de interpretá-la e aplicá-la para edificar uma igreja Cristocêntrica que possa plantar outras. Atualmente conta com 119 alunos e 20 professores, sendo 17 nacionais e 4 estrangeiros, vindos de diferentes países. Cada professor estrangeiro (nosso caso) é um missionário que precisa levantar seu próprio sustento, ou seja, ele não recebe para ensinar no IBS.
  
Os cursos oferecidos:
Bacharel em Teologia (4 anos) – um dos três seminários do país que oferece o curso;
Médio em Teologia (3 anos);
Básico de Teologia (2 anos);
Elementar de Teologia (1 ano); 
Curso de Formação de Professores de Crianças (1 ano);
Curso Bíblico de Extensão (ETE);
Curso por Correspondência,  Cursos de informática, inglês, corte e costura, culinária, etc.
Para o nível de Bacharel em Teologia há a maior dificuldade de professores. No ano de 2013 há somente 6 professores (4 estrangeiros e 2 moçambicanos). Porém, só um estrangeiro ficará para 2014. Daí o nosso desejo de seguir para Moçambique em junho de 2014.

A Carência de treinamento teológico
O IBS é um centro importantíssimo que irradia a Palavra de Deus na região central e costeira de Moçambique, preparando os atuais e futuros líderes da igreja de Cristo no país.  Ao sul temos a capital Maputo que concentra o maior número de escolas teológicas.
“O IBS ainda necessita de professores missionários, pois desta maneira consegue oferecer cursos com mensalidades acessíveis. Finanças é uma limitação real para os irmãos que têm desejo de aprender a Palavra, mas não se matriculam com medo de não conseguir pagar as mensalidades” (Maura Manoel Juçá, Mestre em educação, autora do livro: Currículo Teológico no Contexto Africano)    
Centenas de pastores, professores e obreiros  já foram treinados no IBS ao longo dos 25 anos de sua história e estão espalhados dentro e fora de Moçambique e, pela graça de Deus, realizando ministérios frutíferos em suas igrejas e comunidades.


     O QUE FAREMOS

Objetivo Geral - Cientes das nossas limitações, mas confiantes na capacitação de Deus, desejamos servir a Igreja Evangélica em Moçambique, mais especificamente no treinamento teológico de pastores, missionários e obreiros, visando uma sólida formação teológica, ministerial e de caráter cristão, para que eles possam anunciar Cristo e fazer novos discípulos em Moçambique e muito além.

Objetivos Específicos

Ensino teológico - Ajudar na formação de pastores, missionários e líderes de Igrejas com capacidade de compreender as Escrituras como um todo, mas também e aplicá-las ao contexto em que vivem e ministram, para que o Evangelho transforme efetivamente vidas, povos, sociedades, refletindo assim o Reino de Deus.
Discipulado /Treinamento de líderes – Desejamos envolver-nos com a vida dos alunos e irmãos da igreja local, visando à formação do caráter cristão, desenvolvimento de dons e habilidades ministeriais, através de uma experiência com Deus e Sua Palavra, em comunidade.
Usar nossos dons e experiência missionária para solidificar nos alunos uma visão missionária para que eles alcancem os povos em Moçambique e outros países.
           
QUANTO TEMPO SERVIREMOS EM MOÇAMBIQUE

O Projeto Moçambique terá duração de 8 anos (2 períodos de 4 anos) sendo as etapas:

- Três semanas no Quênia, na base da MIAF para instrução aos novos missionários sobre cultura e religiosidade em junho de 2014.
- Quatro anos servindo ao Senhor no IBS.
Retorno ao Brasil, junho 2018.
Retorno para Moçambique, junho 2019
Retorno ao Brasil, junho 2023.

O INVESTIMENTO FINANCEIRO
O Projeto Moçambique tem um custo de U$ 3.250,00/mês ou R$ 7.480,00.
Além disso, há necessidade dos recursos para saída do Brasil: passagens aéreas, curso de  orientação da MIAF no Quênia, e instalação em Moçambique, totalizando aproximadamente U$ 12.500.00 ou R$ 28.500,00.
Caso você entenda que o nosso projeto é uma oportunidade para investir no reino de Deus, entre em contato conosco pelo e-mail: rrwelzel2000@yahoo.com



NOSSOS DESAFIOS IMEDIATOS

Estabelecer relacionamento com Igrejas locais e, com a graça de Deus, ajudá-las a ampliarem a sua visão missional através da pregação e da Palavra e da apresentação do Projeto Moçambique;
Reunir parceiros de oração que se assumam um compromisso sério em interceder por nossas vidas, pelos alunos do IBS, pela igreja de Moçambique de modo geral para que ela cresça em profundidade espiritual;
Mobilizar parceiros fiéis que contribuam financeiramente com o Projeto Moçambique proporcionando os recursos para que possamos fazer a obra do Senhor.

Se você deseja ser parte desse ministério entre em contato conosco:

Roberto Renato Welzel ou Deila Nascimento Welzel
Projeto Moçambique: Uma Igreja Cristocêntrica entre todos os povos africanos.
AMEL - Ass. Miss. Evangélica Livre/ MIAF – Missão para o Interior da África
Tel: +55 0XX (45) 9976-2181/ +55 0XX (45)3378-3668/ Toledo – Pr.

 Skype: rrwelzel2000

sábado, 10 de janeiro de 2009

DARFUR - À espera do Salvador!

Este foi o tema da reportagem de capa da Revista Veja de 24 de dezembro de 2008.
Mais uma vez vemos a mídia secular levantado questionamentos sobre a incongruência da existência do Deus da Bíblia com a miséria, a barbárie tão bem retratada nas histórias contadas por pessoas da região de Darfur, no Sudão.
Se por um lado o povo está à espera do Salvador, por outro lado o articulista Reinaldo Azevedo diz que “a piedade cristã se ausentou de todos esses palcos [Auschwitz, Gulag, Darfur] da barbárie”. Esta é apenas uma parte, equivocada, ao meu ver, da resposta. Se de fato, a piedade cristã tivesse se ausentado totalmente (e assim o Deus que a motiva), não haveria mais mundo, nem seres humanos para registrarem a história. Não haveria sinais da graça e da salvação de Deus nos quatro cantos da terra, demonstrados em histórias de transformação de vidas e circunstâncias, não contadas por nenhuma mídia (os projetos de reconstrução nas áreas afetadas pela tsunami no Siri Lança e Indonésia, levados a cabo por instituições cristãs, só para mencionar um exemplo). Acrescente-se a isso, o fato de que a História ainda não terminou. Julgar Deus como culpado pelo mal existente no mundo, é como julgar o diretor de um filme por uma ou duas cenas que não gostamos ou não entendemos, antes de assistir todo o filme. Deus ainda não terminou sua obra e o final será de “cair o queixo”.
Mas, é verdade, os povos da região de Darfur ainda estão à espera do Salvador. E neste aspecto, nós como igreja precisamos tomar iniciativas. Darfur significa “terra de fur”, cuja etnia representa 40% da população de 6 milhões na região. O povo fur é 100% muçulmano sunita e animista, nunca ouviram falar de Jesus, não tem (até onde sei) nenhuma porção da bíblia traduzida e nenhum missionário trabalhando na área. É um desafio de proporções gigantescas, mas este povo não tem sido esquecido por Deus. Ele está agindo, mesmo que você não saiba como. O povo fur também não tem passado despercebido do povo de Deus. O que você pode fazer de imediato, é comprometer-se a orar sistematicamente pelo nascimento de uma igreja cristã forte e saudável em meio a este povo. Você pode mobilizar os irmãos da sua igreja para orar por este (e outros) povos. Irmãos, vamos em frente porque o Espírito Santo é aquele que fortalece, consola e guia a igreja do Senhor Jesus na sua jornada missionária, num mundo caído, mas amado por Deus.

sábado, 22 de novembro de 2008

Renascimento da Igreja Iraniana

Nos últimos 10 anos um termo tem se tornado muito conhecido no Irã, o qual pode ser literalmente traduzido como “cristão persa” ou como eles conceitualmente o traduziriam “cristão-muçulmano” (farsimasihi). Durante séculos, entendia-se que se você fosse um cristão, você seria armênio. Se alguém o visse usando uma cruz, lhe perguntaria, “Você é cristão?” ou “Você tornou-se armênio?” Mas, hoje a pergunta mudou. Esta nova identidade é altamente significativa, testificando da presença de um movimento verdadeiramente autóctone (do povo local) e auto-propagador. Há muito tempo crê-se que um grande avanço entre os persas poderia ter um impacto significante sobre os povos vizinhos da Ásia Central e do Oriente Médio. Isto certamente ficou provado no caso do próprio Irã. Missionários persas agora estão sendo enviados aos grupos minoritários próximos, tais como os Azeris, Luris e Curdos, com recursos vindos diretamente dos crentes persas.
Embora tudo isso seja motivo de alegria, é importante lembrar que a igreja Persa já estava lá antes. Na verdade, foi um missionário trans-cultural da Pérsia, Gregório, o Iluminador, que foi o instrumento para Armênia tornar-se uma das primeiras nações cristãs. Gregório foi o fruto de um avivamento espiritual entre os povos persas que acorreu no final do século III. Até este tempo, a maioria dos crentes no Império Persa era de descendência judaica ou assíria. Mas, na época que a Armênia abraçou o cristianismo um poderoso mover do Espírito Santo também pôde ser visto entre os persas nativos. Infelizmente, este grande avanço não durou muito.
No ano 312 d.C. o general romano Constantino acreditou que ele deveria conquistar em nome da cruz. A sua conversão ao Cristianismo e a sua subseqüente ascensão ao poder como imperador da Roma unida, trouxe repentinamente uma dimensão política à nova fé. Deste ponto em diante, cristãos no Império Persa eram vistos como “quintas-colunas” e iniciou-se uma nova onda de perseguição organizada pelo governo. Por volta do final do quarto século centenas de milhares haviam sido martirizados. Finalmente com o advento do Islamismo no século VII a igreja fugitiva da Pérsia gradualmente declinou e desapareceu.
Interessantemente, as únicas igrejas que sobreviveram à ocupação Islâmica na Ásia e no norte da África foram aquelas que tinham as Escrituras em sua própria língua. As igrejas Síria, Copta e Armênia são alguns exemplos disso. Entretanto, entre os persas, bérberes e árabes não havia Bíblias disponíveis em suas línguas-mãe. Este erro só seria corrigido nos tempos modernos e, provavelmente não seja apenas coincidência, que com a presença da Bíblia nestas regiões, a igreja voltou a crescer novamente.
Entre os persas, o renascimento da igreja tem sido verdadeiramente dramático, e eventualmente pode mudar o curso da história do Irã. Embora que no momento este novo movimento esteja entrando num novo período de provações, desta vez eles tem uma forte rede internacional de crentes, igrejas e ministérios prontos para ajudá-los. Agora eles têm as Escrituras em farsi, músicas de adoração contextualizadas, programas de treinamento de líderes, e programas de televisão via satélite. E, acima de tudo, eles têm a promessa de Jesus, que disse, “Eu edificarei a minha igreja...”. Sem nenhuma dúvida, o mover do Espírito Santo no Irã é uma evidência desta realidade última e permanente.
A foto acima ilustra a ajuda que uma missão provê a pessoas que abraçam a fé em Cristo e por isso precisam aprender um ofício para geração de renda, devido à perseguição.
Fonte: Revista Mission Frontiers, Set-out,2008.
www.missionfrontiers.org

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

A GRANDE VIRADA DA IGREJA NO IRÃ


A foto ao lado é de Haik Hovsepian,a qual anuncia um filme sobre a sua história.
No final dos anos 80 o número de crentes persas vindos do Islamismo tinha crescido para milhares. Logo em seguida,nos anos 90, duas coisas convergiram para tornar este momento um dos maiores eventos disseminadores na história do Cristianismo persa. O primeiro foi uma onda de prisões e assassinatos de líderes cristãos (incluindo Haik Hovsepian em 1994, cuja campanha para impedir a execução de um convertido persa recebeu atenção nacional e internacional), organizada pelo governo iraniano. O resultado disso foi que centenas de líderes-leigos persas se levantaram para tomar o lugar dos mártires e assim nasceu um movimento nacional de igrejas domésticas. Na verdade, a ousadia de Haik e dos outros mártires, tanto armênios quanto persas, teve um efeito profundo na igreja evangélica, mas especialmente sobre os próprios crentes persas. No funeral de Haik, centenas de crentes provenientes do Islamismo apareceram para honrá-lo, a despeito da presença de agentes do governo registrando todos os que estavam presentes. Tudo isso foi a edificação do fundamento de Deus para o que viria depois. No ano 2000, programas evangelísticos começaram a ser transmitidos via satélite a quase todos os lares no Irã. Isso foi possível devido ao fato de que milhões de antenas para transmissão via satélite haviam sido ilegalmente contrabandeadas para o Irã pelos membros corruptos do mesmo governo que as tinha proibido. Os programas de TV via satélite tornaram-se uma linha vital para a igreja no Irã. Muito mais, quando o povo iraniano descobriu que o governo estava tentando interferir na transmissão, ela se tornou uma sensação da noite para o dia. Pesquisas nacionais recentes revelaram que 70% dos lares no Irã estão assistindo a programas cristãos. Estas mesmas pesquisas revelaram que aproximadamente um milhão de pessoas já se tornou crente, e muitos outros milhões estão na iminência de se tornarem.
Este crescimento tem acontecido tão rapidamente que a igreja mal pode acompanhá-lo. Um exemplo disso é uma igreja que começou numa casa com duas pessoas há vários anos atrás, e agora já se multiplicou em mais de 20 grupos. O líder desta rede afirmou “Começar igreja no Irã é fácil! Todo lugar que você vai evangelizar, pessoas estão prontas para receber o evangelho, ou elas já se tornaram crentes através dos programas de TV via satélite”. “Treinar líderes também é fácil”, diz outro líder. O governo deixou os jovens sem nada para fazer. Assim os crentes gastam tempo uns com os outros todos os dias. Eles estão constantemente se reunindo para oração, estudo bíblico, e evangelismo. Quando um grupo atinge 25 pessoas, eles o dividem pela metade e começam outro. Dentro de dois anos, espera-se que o novo crente se torne um líder de um novo grupo familiar e um discipulador de novos líderes. Há tantos crentes no Irã, que os programas de TV via satélite estão mudando em direção a uma programação mais voltada para o discipulado. O filho de Haik Hovsepian, Gilbert, está continuando o legado do seu pai ao produzir uma série de transmissões de louvor ao vivo, bem como um CD e uma coleção de hinos com mais de 500 músicas para a igreja clandestina. Ele também transmite um programa semanal de ensino bíblico que tem sido assistido por 40% da população e é um dos 10 programas mais assistidos no país.

Como na China, a rápida multiplicação de igrejas nos lares através da estratégia de “divisão de células” tem resultado em redes bem organizadas. Entre aquelas que nasceram da igreja de Haik em Teerã, há pelo menos 1000 grupos, a maioria deles são fruto do discipulado intencional de Haik, de um grupo dos principais líderes persas no final dos anos 80 e início dos anos 90. Um destes líderes, por exemplo, supervisiona 137 grupos de igrejas domésticas. Entretanto, estas redes, enquanto uma força por um lado, apresentam fraquezas. Recentemente em 2008 agentes secretos do governo infiltraram-se numa rede de cerca de 50 igrejas. Eles se passaram por pessoas interessadas no evangelho, que tinham assistido aos programas de TV evangelísticos. A partir disso conseguiram entrar em toda uma rede de 50 igrejas nos lares.Os crentes associados a estes grupos foram detidos como suspeitos e obrigados a assinar um documento que descrevia a punição deles caso se reunissem novamente em qualquer tempo. Devido ao aumento da preocupação com segurança, coordenação entre a igreja clandestina e o ministério de transmissão via satélite está se tornando cada vez mais difícil, embora que soluções criativas estejam sendo buscadas para unir estes dois ministérios.

Líderes das igrejas nos lares têm expressado repetidamente que uma das suas maiores necessidades é de Bíblias em farsi. As histórias de como Deus tem usado as Escrituras para trazer famílias inteiras ao Senhor Jesus continuam a pipocar do Irã. Há uma tremenda fome e uma demanda generalizada por bíblias. Uma nova tradução coordenada por Ministérios ELAM (uma das maiores agências servindo a igreja persa e fundada por um armênio persa) já tem causado um profundo impacto. Uma versão em áudio está sendo preparada por Gilbert Hovsepian e será completada este ano. Tem sido dito que ainda que 10 milhões de bíblias estivessem disponíveis hoje no Irã, elas não seriam suficientes. Uma senhora, que já distribuiu 20 mil bíblias pessoalmente, disse que nunca nenhuma pessoa rejeitou uma bíblia. Ao contrário, a grande maioria, a recebeu como o maior tesouro que eles jamais tinham recebido.
Fonte:Revista Mission Frontiers, Set-out,2008.
www.missionfrontiers.org

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

A ATUAL REVOLUÇÃO IRANIANA: Como os Mulás estão conduzindo a Nação a Jesus!


O artigo que segue é parte de uma série que postarei nos próximos dias. Os artigos descortinam para nós, observadores externos e distantes, algo que Deus está fazendo em sua soberania dentro do Irã, um país chave do Oriente Médio e que pode espalhar-se para outros países. Leia, maravilhe-se, adore o Deus amoroso que busca as nações, interceda pelo Irã, e espalhe esta boa notícia.


“A única maneira de pará-los é matando-os”. Este parece ser o atual consenso do Governo nacional, a respeito da ‘sua preocupação com o crescimento do movimento cristão que está se espalhando por toda nação. Está sendo preparada uma lei que tornará crime, passível de pena de morte, para quem abandonar o Islamismo.

Estas medidas estritas surgiram para deter a onda crescente de insatisfação com o Islamismo entre os jovens persas, resultantes da Revolução Islâmica de 1979. Atualmente, parece que o Irã está na iminência de uma outra revolução, ironicamente causada pela anterior, porém, esta com Jesus no centro. A história de como isso aconteceu talvez seja um dos exemplos mais intrigantes da soberania de Deus trabalhando para realizar seu imutável propósito entre as nações.


Um pouco de pano de fundo

No início da década de 60, há apenas duas décadas antes de o Irã tornar-se completamente fechado para o trabalho missionário, um grupo de missionários americanos começou a trabalhar entre a comunidade armênia persa em Teerã. A maioria destes armênios persas era descendente de um exílio forçado para o Irã sob o Xá Abbas. Com o passar dos séculos eles desenvolveram uma cultura única, dialeto e aparência à medida que foram assimilando a cultura da sua nação hospedeira. Os missionários reconheceram o potencial destes armênios persas funcionarem como um “povo-ponte” entre o Islamismo e o Cristianismo e, assim, começaram a trabalhar entre eles com isso em mente.

Este palpite orientado pelo Espírito mostrou-se correto. Um dos primeiros cinco discípulos do grupo de missionários americanos era um homem chamado Haik Hovsepian. No final da década de 60 ele recebeu um chamado de Deus para ir como missionário à província de Mazandaran, ao norte do país, com o propósito específico de começar um trabalho entre os muçulmanos. Embora ele fosse oficialmente enviado pela igreja de Teerã para este propósito, o seu coração para com os muçulmanos era tal que poucos da comunidade armênia persa compreendiam naquele tempo. A maioria achava que ele estava desperdiçando seu tempo. Entretanto, em 1976, depois de oito anos de labor, cinco igrejas domiciliares haviam sido estabelecidas com aproximadamente 20 convertidos vindos do Islamismo. Embora fosse apenas um pequeno começo, de algum modo Haik tinha um sentimento de que Deus estava edificando o fundamento para um trabalho muito maior. Sendo dotado musicalmente, um dos maiores investimentos que ele fez pensando no futuro da Igreja Persa foi a composição e tradução de mais de 150 músicas de adoração na língua farsi. De acordo com as pessoas que o conheciam, ele previu que aquelas músicas seriam entoadas por milhões de crentes.

Em 1981, A Igreja Persa em Mazandaran tinha crescido e chegou a ter quase 60 membros e muitos líderes estavam surgindo. Naquele ano pediram a Haik que retornasse a Teerã para tornar-se o líder do Concílio de Ministros Protestantes. A sua indicação para este posto foi muito oportuna para a igreja no Irã. Somente dois anos depois o governo iraniano foi tomado pelo aiatolá Khomeini, (um líder islâmico com uma visão de islamização do Irã), e a igreja emergente no Irã estava começando a sentir a pressão da hostilidade crescente do governo.

Entretanto, ao mesmo tempo, a igreja no Irã não era o único grupo a ficar irritado sob o novo regime. O próprio povo persa estava começando a reagir de maneira negativa às duras restrições impostas com a implementação da lei islâmica. Uma rebelião silenciosa entre os jovens (70% da população do Irã tem menos de 30 anos) estava começando a ganhar corpo. Entre esta faixa etária, se o governo proibisse algo, eles faziam. Quando o governo começou a confiscar Bíblias, eles mal podiam esperar para conseguir uma. Vagarosa, mas continuamente, uma solidariedade foi sendo construída entre os crentes armênios perseguidos e os jovens “perseguidos” do Irã. Em desafio à lei, Haik começou a encorajar as igrejas evangélicas armênias a abrir suas portas aos persas e realizarem seus cultos na língua farsi. À medida que novos convertidos persas começaram a encher as igrejas, o governo emitiu um ultimato exigindo que todos estes novos crentes fossem denunciados. Em resposta a isso, Haik corajosamente reuniu as igrejas para enviar uma resposta unificada ao governo: Nós nunca nos submeteremos a tal exigência!